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terça-feira, 30 de outubro de 2012

As Mudanças Climáticas do Sistema Solar



Mudanças na atmosfera de Júpiter. 
IMAGEM: NASA/IRTF/JPL - Caltech/NAOJ/A. Wesley/A. Kazemoto/C.

SISTEMA SOLAR. O aquecimento global é um assunto polêmico e, enquanto realidade, envolto em contradições.

Os estudiosos dividem opiniões. Os chamados negacionistas do aquecimento global, contestam, especificamente o aquecimento antropogêncio - causado pelo Homem. 

Argumentam que a mudança climática não está relacionada com atividades humanas mas com um processo que está afetando todo o sistema solar. Entre os estudiosos, não consenso sequer sobre aquecimento. Alguns apontam elevação de temperatura; outros, diminuição, resfriamento.

Muitos, denunciam que a teoria antropogênica do aquecimento é uma teoria forjada pelas nações mais desenvolvidas do mundo com o objetivo de implantar um imposto global sobre as emissões de carbono, o quê, manteria as potências emergentes limitadas em seu crescimento por meio desse artifíco que deve funcionar como um freio econômico.

Porém, os fatos são indiferentes às discussões. E o fato é que os dados astronômicos indicam mudanças climáticas em todo o sistema solar. Três exemplos recentes ilustram o fenômeno.


JÚPITER

Os cientistas têm observado grandes mudanças em Júpiter, o maior planeta deste sistema. Os cinturões atmosféricos do orbe mudaram de cor, áreas de radiação têm desaparecido e voltado a ativar-se intermitentemente, a concentração de nuvens oscila entre aglomeração e a dissolução e rochas espaciais têm impactado o chamado gigante gasoso criando centros ígneos, brilhantes em sua superfície, visíveis até para observadores amadores da Terra.



Júpiter tem sofrido mais impactos ao longo dos últimos quatro anos que já foi observado por astrônomos de todos os tempos. Na imagem, o impacto de um meteoro, em 10 de setembro de 2012. 

IMAGEM: NASA/IRTF/JPL-Caltech/G. Hall/University of the Basque Country.


Em 2009, os astrônomos observaram o desaparecimento de uma faixa marrom ao sul do equador de Júpiter. Ela reapareceu em 2011. Ao mesmo tempo, o cientista Glenn Orton e sua equipe, do Jet Propulsion Laboratory, da NASA - descobriram que o cinturão equatorial norte tornou-se notavelmente mais mais claro rapidamente, mais do que o mesmo processo ocorrendo durante um século e este ano (2012) escureceu rapidamente. 

Em Júpiter - Há eventos que estão acontecendo pela primeira vez e outros que não têm sido vistos a décadas, disse Orton. 

A comunidade científica não tem explicação para o que está acontecendo naquele planeta. Alguns acreditam que a surpresa deve-se ao fato de que só recentemente os equipamentos de observação potentes estão disponíveis permitindo a observação de fenômnos antes ignorados.


SATURNO


Um ano de Saturno equivale a 30 anos terrestres. A tempestade anual, naquele planeta, que vem sendo registrada desde 2010 embora tenha começado em agosto de 2009 e dura cerca de sete anos-Terra. É monstruosa. 

A imagem (acima), obtida pela sonda Cassini no fim do ano de 2010, mostra as camadas da atmosfera. As cores vermelho e laranja indicam nuvens mais baixas, mais próximas à superfície do globo. 

As faixas verdes e amareladas, são intermediárias. Em branco e azul, estão os níveis exteriores da atmosfera, onde a tempestade é mais intensa. Os anéis não aparecem porque estão fora da atmosfera, foco da imagem. FOTO: NASA/JPL - Caltech/Space Science Institute.



A evolução da tempestade, entre 2010 e e 2011. A "Grande Tempestade da Primavera de Saturno" tem se manifestado há mais de dois anos como um gigantesco vórtice, formado pela fusão de dois grandes bolsões de ar quente. Este redemoinho desloca-se por todo o hemisfério norte do planeta desde meados de 2011.



O vórtice anticiclone - que se formou na estratosfera, zona de baixa pressão - tem cerca de 62,000 km de diâmetro, quase um quarto da circunferência de Saturno. 

IMAGEM: VLT mid-infrared image of Saturn's giant vortex, em 20/07/2011. Leigh N. Fletcher, University of Oxford, UK, and ESO. 

IN [http://sci.esa.int/science-e/www/object/index.cfm?fobjectid=50997]


Em Saturno, a sonda Cassini, da NASA - tem monitorado as conseqüências de uma rara e monstruosa tempestade. Os dados revelaram um recorde de distúrbios na atmosfera do planeta. O espectômetro infravermelho da sonda registrou um aumento de temperatura de 150 graus centígrados acima do normal. 

No mesmo período, os cientistas do Goddard Spaceflight Center (NASA) em Greenbelt (EUA, estado de Maryland), detectaram uma grande elevação na quantidade de gás etileno cuja origem é um mistério. 

A liberação de etileno foi confirmada através do Celeste infra-red spectrometer (CIRS), instalado no McMath-Pierce Solar Telescope, em Kitt Peak - Arizona (EUA).

Os cientistas do Goddard, em edição de 20 de novembro (2011) do Astrophysical Journal, descrevem uma emissão de energia sem precedentes. Segundo Brigette Hesman, da University of Maryland - que trabalha, também, no Goddard - principal autora do estudo: 

Esse aumento de temperatura é quase inacreditável, especialmente nesta parte da atmosfera de Saturno [atmosfera superior, mais externa] que, normalmente, é muito estável. Para ilustrar uma mudança de temperatura na mesma escala na Terra isso seria como ir das profundezas frias do inverno em Fairbanks (Alaska) até o mais quente verão do deserto de Mojave.

Detectada pela primeira vez no Hemisfério Norte de Saturno em 5 de dezembro de 2010, a tempestade tornou-se tão grande que um fenômeno semelhante, na Terra, poderia envolver completamente este planeta muitas vezes.


URANO


Ventos velozes e nuvens em turbilhão na atmosfera de Urano formam um vórtice escuro e grande o suficiente para engolir dois terços dos Estados Unidos. Astrônomos da University of Wisconsin-Madison, utilizaram o telescópio Hubble, da NASA - em 23 de agosto de 2006, para obter as primeiras imagens da mancha escura de Urano que mede 1,700 km de largura por 3,000 km de comprimento. 

FONTE: URANUS/NIGHT SKYNATION. 
[http://www.nightskynation.com/objects/planets/uranus]. 
IMAGEM: NASA, ESA, L. Sromovsky and P. Fry / University of Wisconsin.

Em Urano, o estudo de uma equipe internacional de cientistas revelou que, atualmente, o planeta é varrido por rajadas de vento que alcançam velocidades superiores a 900 km por hora. A constatação surpreendeu porque, quando a sonda Voyager passou por Urano em 1986 mostrou uma paisagem de calmaria, sem grandes alterações. 

O trabalho sobre o "planeta celeste" (Urano é a divindade que personifica o céu na mitologia grega, pai de Saturno ou Cronos, o Tempo) - apresentado na American Astronomical Society, mostrou novas imagens obtidas por uma nova tecnologia implantada no Observatório de Keck, no Havaí.

Essas imagens revelaram que o planeta tem uma densa atmosfera, semelhante à do vizinho - Netuno, composta principalmente por hidrogênio, metano e hélio. As temperaturas são baixas o suficiente para congelar o metano, cerca de 180 C negativos. Os ventos velozes, que sopram orientados na direção leste-oeste, intrigam os pesquisadores porque eles não entendem de onde vem a energia necessária para produzí-los.

Uma dos pesquisadoras, Heidi Hammel (American Astronomical Society) - explicou que ...estas imagens revelam uma incrível complexidade na atmosfera de Urano. Sabíamos que o planeta era ativo mas não nesse nível.

Outro cientista, Larry Scromovsky observou: Urano está mudando. Ali, o perfil meteorológico  está apresentando um comportamento diferente do que havia sido detectado até recentemente. A diferença fundamental é a instabilidade, não registrada antes.

Na Terra a mudanças também são globais. Glenn Orton (citado no começo dessa matéria) - alerta que ...essas mudanças podem acabar com a vida neste mundo ou, ao menos, alterar radicalmente o ecossistema tal é configurado agora. Uma das coisas que sustenta a vida naTerra é o ambiente estável.

FONTES
El cambio climático se da en todo el sistema solar.
URGENTE24/ARGENTINA, publicado em 30/10/2012.
[http://urgente24.com/areax/2012/10/el-cambio-climatico-se-da-en-todo-el-sistema-solar/].
NASA's Cassini Sees Burp at Saturn After Large Storm.
SOLAR SYSTEM/NASA, publlicado em 25/10/2012.
[http://solarsystem.nasa.gov/news/display.cfm?News_ID=41203]
SANTAMARIA, Cheryl. Scientists spot changes in Jupiter's atmosphere.
THE WEATHER NETWORK, publicado em 19/10/2012.
[http://www.theweathernetwork.com/news/storm_watch_stories3&stormfile=Jupiter_s_atmosphere_undergoes_transformation_19_10_2012]
pesquisa e texto: Lygia Cabus.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Europa: Vida no Mundo-Água






O cientista Richard Greenberg, da University of Arizona, em Tucson, em trabalho apresentado na American Astronomical Society's for Planetary Sciences, sugere que cerca de três milhões de criaturas aquáticas podem, teoricamente, viver, respirar, existir no imenso e global oceano de Europa, lua de Júpiter. Embaixo da capa de gelo, acredita-se que Europa é coberta por um oceano, com profundidade média de 160 quilômetros.

Um manto de líquido sem qualquer terra firme na superfície; um verdadeiro water world [mundo-água]. Este oceano seria mais rico em oxigênio do se pensou até hoje, afirma Greeenberg: neste momento não podemos afirmar que existe a vida no oceano de Europa mas sabemos que existem condições físicas para isso.

O ecologista especializado em estruturas moleculares das profundezas oceânicas, Timothy Shank acrescenta: De fato, baseados no que sabemos sobre as outras luas de Júpiter, partes do leito oceânico de Europa podem ser bastante parecidos com ambientes hidrotermais que encontramos nas profundezas do mares da Terra. Eu ficaria surpreso se não existisse vida em Europa.

A paisagem aquosa de Europa é interrompida somente por esparsos e escuros picos de rochedos. Estamos acostumados a ver terra e mar como um sistema relativamente estável porém, na verdade, nosso planeta está contiinuamente sujeito a movimentos produzidos pelo confronto entre as forças gravitacionais da Lua e do Sol. É como se cada astro puxasse a Terra para o seu lado.

Europa, que é pouco menor que a Lua terrena, também sofre desta relação gravitacional; não com o Sol, mas intensamente, em relação ao planeta Júpiter. É a resitência gravitacional de Europa que gera aquecimento necessário para manter água em estado líquido.

As porções mais quentes vazam pelas brechas na camada superficial de gelo congelando-se quase que imediatamente. Esse processo, gera uma via de circulação do oxigênio entre o exterior e o interior do Oceano.

EUROPA ─ é o sexto satélite natural do planeta Júpiter, descoberto ewm 1610 por Galileo Galilei [1564-1642]. Seu nome refere-se a uma aristocrata fenícia que foi cortejada e seduzida pelo mais poderoso dos deuses gregos, o Olímpico Júpiter [ou Zeus]. Júpiter tem dezenas de luas: 63 até agora [2009] conhecidas. As maiores e mais destacadas são Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Estas quatro também são chamadas Luas de Galileo.






Fonte: Ocean on Jupiter's Moon Europa May Harbor 3 MN tons of Fish
In Phenomenica ─ publicado em 18/11/2009
[http://www.phenomenica.com/2009/11/ocean-on-jupiters-moon-europa-may.html]