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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Tempestade Violenta: Estranha Substância Branca Cobre Litoral Norte da Grã-Bretanha



Parece neve, mas não é. É uma densa mistura de areia e água do mar, parte de uma violenta tempestade que abateu-se sobre o norte da Grã-Bretanha causando enchentes, desabrigando pessoas, interditando estradas, provocando acidentes e mortes. 

MUITO [+] FOTOS & VIDEO: DAILY MAIL [http://bit.ly/SkAxOD]

UK. Na manhã de 25 de setembro (2012), em Morpheth sede administrativa Northumberland (costa nordeste da Inglaterra), uma estranha, densa e alta camada de espuma composta de areia e água do mar apareceu no litoral de uma vila de pescadores escocesa depois que chuvas torrenciais abateram-se sobre a Grã-Bretanha alcançando em um dia o índice pluviométrico correspondente a um mês.



Fúria das águas. As barreiras de Dubar: insuficentes para deter o avanço violento das ondas.

Praias, casa e carros ficaram cobertos com a substância que ainda causou um caos de transtornos nas auto-estradas e movimentadas linhas de trens entre a Inglaterra, País de Gales e Escócia.




Os rios transbordaram. Enchentes desalojaram centenas de pessoas. Um morador abandona sua casa, em Knaresborough, invadida pelas águas do rio Nidd.

Cerca de 90 moradores de Dawson Place tiveram de sair de suas casas, em Morphet, cerca de 40, na aldeia de Newburn - depois que o rio Wansbeck e outros transbordaram, arrastando troncos de árvores e provocando enchentes em toda a região próxima às suas margens. 

Mais de 200 imóveis foram inundados. Em todo o país, serviços de emergência foram chamados para resgatar motoristas presos em seus carros, ilhados pelas águas das enchentes.

Essas fortes chuvas foram causadas por uma baixa pressão atmosférica que ocorreu em todo o norte do país, a partir de Biscay Bay (Golfo ou Baía de Biscay) e expandiu-se para nordeste.

As tempestades também atingiram a Escócia provocando ventanias velozes que alcançaram até 70 mph (milhas por hora, no caso, mais de 100 km por hora) derrubando árvores e bloqueando estradas.

MORTES. Uma mulher, Erena Louise Wilson, 31 anos, foi vítima fatal depois de ser atingida por um robusto galho de cedro do Líbano. Um bebê de um ano, outra mulher, 20 anos - e seu filho de 14 meses, morreram em acidentes de carro decorrentes da intempérie.

FONTE: HOUGH, Andrew, MARSDEN, Sam e WARD, Victoria. Strange sea foam blankets Scottish fishing village as storms batter Britain.
TELEGRAPH/UK, publicado em 25/09/2012.
[http://www.telegraph.co.uk/topics/weather/9565211/Strange-sea-foam-blankets-Scottish-fishing-village-as-storms-batter-Britain.html]

domingo, 4 de julho de 2010

Arqueólogos Encontram Restos de Uma Gladiadora



IMAGEM: Jean-Léon Gérôme, 1852

GRÃ-BRETANHA – Em Credenhill, Herefordshire, próximo à cidade de origem romana de Kenchester, arqueólogos encontraram o restos mortais de uma mulher extremamente forte, musculosa, o que sugere aos estudiosos tratar-se uma gladiadora que viveu durante o domínio do Império Romano sobre a região.

O chefe do Projeto Arqueológico, Robin Jackson, explica: Quando vimos as pernas e ossos dos braços, a projeção da massa muscular correspondente parecia indicar alguém do sexo masculino. Mas os exames da pélvis e da cabeça comprovaram que era uma mulher. Com esse porte, essa mulher poderia ser um gladiador feminino. A madeira do caixão se perdeu porém os pregos e tiras de bronze, três grandes correias de sustentação, são indícios de que a peça era bastante custosa. Provavelmente, era um ataúde de madeira trabalhada.

Um caixão de luxo para uma defunta que tem sinais de ter levado uma vida muito dura, descartando a hipótese de ser uma aristocrata supernutrida. Por isso, a idéia de que a defunta era uma gladiadora. Restos de carne, possivelmente uma oferenda e um pote também foram encontrados no túmulo que fica situado sobre uma base de cascalho.

FONTE: Archaelogists find 'muscular' body of British 'female gladiator'.
IN Daily Mail – publicado em 02/07/2010.
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1291446/Archaelogists-muscular-body-female-gladiator-Britain.html]



quarta-feira, 15 de abril de 2009

Druidas Canibais


Os restos mortais do Homem de Lindow

Inglaterra: Em 11 agosto de 1984, na localidade de Lindow Moss ─ Mobberley, noroeste da Inglaterra, sepultado em um pântano, foi encontrado o corpo razoavelmente bem preservado de um homem. As análises mostraram que ele viveu entre os anos 60 e 90 d.C., em um estágio cultural correspondente à da Idade do Bronze e tinha cerca de 20 ano squando morreu. O exemplar foi chamado de Lindow Man e, desde então, tem sido objeto de studos específicos e comparados.

Desde o início ficou bem estabelecido que o Lindow Man tinha sofrido morte violenta: "Sua cabeça foi esmagada, o pescoço, estrangulado com uma corda, ao se partir, foi cortado produzindo um fluxo intenso de sangue" ─ conforme explicou a arqueóloga Miranda Aldhouse-Grenn, especialista em Druidas da Cardiffe University, País de Gales.

Outra evidência foi achada dentro do corpo, nos intestinos: pólen de visco [Viscum album ─ visgo ou agárico, gui em francês], planta sagrada para os Druidas e usada em refeições e/ou bebidas oferecidas a participantes de rituais. O agárico, a depender de como é processado e das doses ministradas, pode ser um antídoto contra envenenamentos ou, ao contrário, um poderoso veneno.[Os romanos escreveram que os Druidas colhiam o visgo das árvores usando a famosa pequena foice de ouro].

Indícios, como unhas bem tratadas, cabelos e barba bem cortados, sugeriam que ele ocupava uma posição social elevada; que podia, inclusive, ter sido um Druida. Esses sinais fundamentaram a conclusão de que Lindow Man tinha sido vítima de um ritual de sacrifício. Lindow Man foi executado [ou sacrificado] justamente na época em que os romanos lançavam-se em um novo ataque à ilha da Grã-Bretanha, que já consideravam parte do reino cujo domínio, soberania, precisava, apenas, ser consolidado.

Nesta situação, os Druidas consideravam absolutamente necessário realizar um sacrifíco capaz de persuadir os deuses a deter o avanço romano. Eles tinham de oferecer uma vítima, um sangue precioso. Por isso, escolheram um homem nobre. Sobre isso, o próprio Julio Cesar escreveu: "Em tempos de grande perigo, os Celtas acreditavam que não menos que a vida de um homem deveria ser oferecida para garantir os favores dos deuses".

Essas descobertas confirmam informações da crônica romana que sempre foram encaradas com suspeição pelos estudiosos, como "propaganda de guerra". Registraram os romanos a selvageria dos Druídas; Druídas que no imaginário romântico popular eram vistos como velhinhos essencialmente bondosos, conhecedores dos segredos mágicos da natureza. O fato porém, é que os legionários e generais que voltaram da primeira incursão à Bretanha, no século I d.C., contaram histórias macabras sobre os sacerdotes celtas.

Julio Cesar, que lá esteve em 55 d.C., conta que os Celtas "acreditavam que os deuses se compraziam com a morte de prisioneiros e criminosos mas se os 'objetos de sacrifício' acabassem, eles sacrifirariam um inocente". O historiador Plínio, o Velho, também do primeiro século d.C., diz mais: que os celtas praticavam o canibalismo ritual, comendo a carne de seus inimigos a fim de obter força fisica e espiritual.

Outra terrível indicação de sacrifícios entre os Celtas, foi encontrada na caverna de Alveston, Inglaterra. Em 2000, foram descobertos esqueletos pertencentes a mais de 150 pessoas, datando, ainda uma vez, do período da conquista romana. É possível que os druídas tenham assassinado essa pequena multidão em um só evento, uma só cerimônia. Um recurso extremo [irracional e primitivo] para deter o inimigo por meio de forças sobrenaturais.

A invasão romana pode ter desencadeado um processo de desespero que levou os Druidas, guias daquele povo, a intensificar os sacriícios como medida extrema para evitar a vitória dos invasores. O arqueólogo Mark Horton, da University of Bristol, diz que a pilha de corpos sugere uma resitência selvagem aos romanos, no plano mundano das batalhas, enfrentamento corpo a corpo mas, também, um radicalprocedimento religioso que produziu essas numerosas
mortes rituais.

Todavia, a chacina de Averton não se resume ao mero sacrifíco, à morte das vítimas. Os ossos daquela caverna mostram sinais de canibalismo. Um fêmur humano foi quebrado de maneira característica, já conhecida dos antropólogos: fratura típica para propiciar a extração dos nutrientes, do tutano. Ao longo da história dos Celtas, pode-se dizer em favor dos Druídas que estas práticas foram raras, um recurso mágico utilizado em caso extremo.

FONTE: OWEN, James. Druids Committed Human Sacrifice, Cannibalism?
IN National Geographic ─ publicado em 20/03/2009