quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Inferno Africano: Porque a Escravidão, na África, Faz Parte da Cultura Popular!

África – A Escravidão de cidadãos africanos durante a expansão europeia no Novo mundo é sempre lembrada como uma horrenda mancha histórica. E de fato, é horrenda e, em última instância, injustificável. 

Nesse contexto, são sempre lembrados os execráveis colonizadores-navegadores portugueses, os "miseráveis judeus" envolvidos no aviltante comércio de gente! Jamais são lembrados os monstruosos africanos que venderam sua própria gente em troca de cachaça, por exemplo. (Como se aqueles africanos não tivessem suas próprias cachaças!)

Aqui e ali aparecem especulações sobre a concessão de diferentes tipos de compensações para a população afro-descendente nas Américas. 

Estranho é que a escravidão de africanos, hoje! atualmente, seja tão pouco comentada nos midia e pelos militantes da causa dos negros e afro-descendentes de escravos. Sim, isso é very strange, tanto empenho em afirmar e resgatar os direitos dos descendentes dos escravos do passado e tanta indiferença pelos escravos africanos em solo africano no PRESENTE!

A realidade do comércio de escravos na África pós-moderna (!?) chega a parecer uma mentira, um parêntese que abriga o terror de uma ficção-pesadelo em meio a uma realidade onde o Navio Negreiro NÃO PODE, de jeito nenhum ter qualquer espaço. Está mais do que na hora da África prestar as devidas satisfações ao mundo sobre a manutenção dessa sua maldita "cultura de bárbaros" [L.C.].

Muita gente pensa que a escravidão é uma coisa do passado mas a Escravidão continua a ser um dos fenômenos mais vergonhosos da Humanidade, hoje. Em 20 de dezembro (2010), a Interpol resgatou 140 crianças no Gabão, África. 

As crianças eram forçadas a trabalhar em mercados, usadas como escravas. Algumas não chegavam aos seis anos de idade. Essas crianças são raptadas ou compradas, dos próprios pais, em outros países mais pobres que o desgraçado Gabão que permite essa prática. As crianças recuperadas foram enviadas à orfanatos.

O Gabão, um dos países mais estáveis do continente Africano. É um país rico em petróleo, gás, manganês e minério de Urânio. 

Sua renda per capita era de 13 mil e 900 dólares, em 2009. Todavia, está claro que cidadãos e, principalmente governantes deste país, não são pessoas civilizadas, posto que aceitam, sabem, consentem no comércio de escravos em suas cidades.

Segundo fontes não-oficiais, a escravidão também prospera! em países onde foi abolida, finalmente, há poucas décadas atrás. 

Como na Mauritânia, onde a Abolição da Escravatura somente foi oficializada em 1980! Porém, ali, a lei é letra morta. Os ex-escravos [meus Eus!] os forros! da Mauritânia continuam escravos porque não lhes foi oferecida nenhuma alternativa de "inclusão social". Permanecem escravos por falta de opção.

Em Níger, a Escravidão somente foi abolida em 1995! Na realidade, segundo a Timidria, ONG que luta pelos direitos humanos  dedicada à erradicação da Escravidão naquele país, somente em 2003, 870 mil pessoas permaneciam escravas no país. 

Atualmente, enquanto o governo do Níger nega a existência de escravidão, a Timidria afirma que ainda existem, ao menos, 43 mil cidadãos que permanecem escravizados. Muitas dessas pessoas são conhecidas como Sadako; são mulheres. De acordo com a ONU e as organizações de direitos humanos, a situação também verifica-se com gravidade no Sudão, somália e Angola.

Sergey Karamayev, especialista russo na questão explica: Oficialmente, a escravidão não existe mais em nenhum lugar do mundo mas a verdade é absolutamente diferente. A escravidão continua a prosperar em países como o Congo e Serra Leoa (...e a lista de países africanos escravagistas somente aumenta!).

Em meios aos conflitos armados que disputam poder político, facções rivais utilizam escravos. Existem várias categorias de escravos: combatentes, para transportar armas ou mesmo lutar na defesa de seus raptores. Outra categorias cuida dos trabalhos domésticos como cozinhar e lavar roupa. Outros, são escravos e escravas sexuais. Há os que trabalham em minas e escavações.


Escravidão no Mundo

Todavia, o fato, que em nada minimiza a situação africana, é que a escravidão existe, também, em outros países, como no (chamado) Terceiro Mundo. 

A Escravidão, ainda que clandestina, ilegal, pode ser encontrada no Sul e Sudeste da Ásia, em países como Paquistão, Sri Lanka, Nepal, Birmânia; no Oriente Médio e na América Latina.

A Europa também tem um submundo de escravos cujo número é estimado em 400 mil pessoas. No Velho Mundo, predomina a escravidão sexual. 

Boa parte destes escravos e escravas, incluem crianças e são "importados" por agentes africanos estabelecidos em países europeus. 

Escravidão sexual que também foi localizada nos Estados Unidos, Israel, Turquia e Hong Kong. O mundo do terceiro milênio d.C. possui, hoje, cerca de 30 milhões de seres humanos escravizados. Um especialista da ONU informa: um escravo sexual produz até 7 mil dólares mensais de renda para seu proprietário.

FONTE: BALMASOV, Sergei. Slavery, African style, continues to prosper. 
IN Pravda English publicado em 22/12/2010.
[http://english.pravda.ru/hotspots/crimes/22-12-2010/116313-slavery-0/]

5 comentários:

Paulo Luiz Mendonça. disse...

Com todo o sofrimento que passam os africanos, eu pergunto, onde esta o Deus da Bíblia que nada fás, sera que é conivente ou ele nem existe. Seria mais louvável dizer que não existe.

Ana Clara disse...

Ola Meu Caro, existe Um poder Superior a nos eu chamo de DEUS, vc acredita em reencarnaçao?! Pois existe Tb a colheita cada Um de nos colhemos o que platamos, Nao estou julgando essas pessoas que sao escravizadas ou mesmo nos, Nao escravos, é que viemos ao Planeta terra) Pra resgatar mossas dividas ou Tb tem os missionarios que Nao devem nada Pra justiça Divina mas vem com o objetivo de amparar os nossos irmaos, vc jà se perguntou porque tem pessoas que pratica tanto e depois simplesmente morre?! Acredito que sao essas pessoas que depois vem em situaçoes tao precarias, foram mais de 300 anos de escravatura, e Tb teve senhores que na encarnaçao seguinte vinham como escravos pra colher o mal que ja tinha feito ao seus.

Mariana Vargas disse...

Os comentários anteriores são tão ridículos e alienados que pensei se realmente valia a pena comentar. Mas isso precisa ser dito: desgraças e imundices humanas como a escravidão não são fruto de "castigo divino" ou algo do gênero. Se existe um Deus, um ser superior, ele não tem nada a ver com isso. A escravidão é apenas o fruto da estupidez, egoísmo, ganância, maldade humanas e de tantos outros aspectos da natureza dos seres humanos que levam a existência de aberrações como essas.

Mas falando do texto propriamente, tenho questionamento semelhante ao colocado: por que a mídia não trata desse assunto? Existem centenas de milhares de pessoas escravizadas não somente no continente africano, onde a ocorrência é bem maior, mas também em muitos outros lugares do mundo. Por que o povo africano ainda mantém em sua cultura o absurdo da escravidão? Por que esses seres humanos são comercializados e tratados como objetos por seus semelhantes? Por que o restante do mundo não se atenta a isso? Se pensarmos na forma como vivemos hoje, que muitas vezes chamamos de escravidão (somos submetidos pelo capitalismo, explorados e impedidos de viver de verdade) ela nem ao menos pode ser comparada à forma como esses seres humanos vivem (vivem?). O que podemos fazer quanto a isso? Podemos fazer alguma coisa? O primeiro passo é questionar por que isso acontece até hoje e esse conhecimento não chega à maior parte do mundo. Talvez isso tenha a ver com aquela outra escravidão a que nós somos submetidos.

Anônimo disse...

Olá Paulo. Vc não está só. Juntamente contigo deve ter outros ateus se perguntando sobre isso. E sabe no que isso altera em quem é Deus? NADA.

Unknown disse...

Tem que ser muito imbecil pra culpar Deus pela escravidão e mais imbecil culpar pela fome.