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domingo, 15 de novembro de 2009

Caldeus: Rituais de Morte



MESOPOTÂMIA ─ Nos anos de 1920, foram encontrados túmulos da realeza mesopotâmica [dos Caldeus]. Crânios achados na época são estudados até hoje. Pesquisas de arqueólogos contemporâneos especializados em crânios revelaram circunstâncias incomuns experimentadas poelas pessoas da época no momento da morte. Em muitas culturas antigas, quando foram comuns a escravidão doméstica e de concubunato, para muitos cidadãos de grandes civilizações morrer não era somente uma fatalidade; era um dever! Ainda hoje, em alguns lugares da Índia, ser viúva de marido velho é uma sentença de morte precoce; é o malogro do Golpe do Baú. Meditemos...

E voltemos... O descobridor dos crânios em questão, Sir Leonard Wooley [arqueólogo, 1880-1960], acreditava que certas vítimas pertenciam à criadagem do palácio. Se o Senhor morria, morriam também seus prediletos. Eles entravam nas tumbas e ali bebiam um uma poção venenosa, fatal. Ao que tudo indica, esticavam as canelas serenamente.

Contudo, recentemente, os crânios desses serviçais que foram escaneados, examinados através da Tomografia Computadorizada. Essa tecnologia contemporânea revelou um dado curioso: todos os empregados tinham bastões de ferro introduzidos na cabeça. Não se sabe exatamente a função ou significado dessa peculiaridade. As análises também detectaram que os cadáveres dos cortesãos eram submetidos a um tratamento diferenciado; uma forma primitiva de mumificação: eram cozidos antes do sepultamento.

Algumas covas, especialmente profundas, abrigavam grupos de mortos de duas classes distintas: guerreiros, vestidos com suas armaduras e uma vítima sacrificial, em geral, uma escrava ricamente adornada com jóias valiosas. Realmente, vida de lacaio na Antiguidade era uma coisa de matar. Meditemos sobre as Leis Trabalhistas...


REFRESCANDO A MEMÓRIA:

Ur foi uma cidade que floresceu na antiga Mesopotâmia durante o predomínio da cultura-nação dos Caldeus [ou caldaica]. Ficava próxima cerca de 160 km daquela que seria a cidade histórica mais famosa da região: Babilônia. Ur também é conhecida porque é citada na Bíblia judaico-cristã: ali seria a cidade natal do patriarca judeu Abrãao ou, ao menos, de onde ele partiu [os pais dele eram de Ur] em busca da Terra Prometida. Hoje, a cidade de Ur fica no Iraque e abriga uma estação da estrada de ferro de Bagdá, plantada no alto de uma colina em "cujas fendas as corujas fazem seus ninhos" [WIKIPEDIA]. O s beduínos chamam o lugar de Tell al Muqayyar, Monte dos Degraus.

Fonte: Ritual Death at Ur
In Archaeological Review ─ publicado em 2710/2009
[http://thearchaeologicalreview.blogspot.com/2009/10/ritual-death-at-ur.html]